A Delegacia de Polícia Civil de Terra Roxa tem registrado um aumento preocupante no número de golpes aplicados no município, principalmente por meios eletrônicos. Em entrevista exclusiva ao repórter Tiago Centena do Portal T7, o policial civil Édison Teles alertou a população sobre os principais tipos de estelionato que vêm sendo praticados, como o golpe do Pix e o golpe da falsa venda de veículos.
Segundo Teles, somente nos últimos meses, aproximadamente 38 boletins de ocorrência relacionados a golpes já foram registrados na delegacia local. “Infelizmente, estamos vendo um número crescente de fraudes, principalmente através da internet e do celular. São crimes de estelionato, envolvendo desde falsas compras até invasão de contas bancárias e de redes sociais”, afirmou.
Golpe da venda de veículos
Um dos golpes mais recorrentes envolve a compra e venda de veículos. O policial explica que estelionatários copiam anúncios verdadeiros de veículos postados na internet e os republicam com preços muito abaixo do valor real. Quando um comprador se interessa, o golpista se passa por intermediário e pede um adiantamento via Pix, alegando que há outros interessados.
Golpe do Pix e de falsa central bancária
Outro golpe comum é o do falso atendimento bancário. Nesse caso, a vítima recebe uma ligação de alguém se passando por agente bancário, informando que houve uma transação suspeita e que a conta foi bloqueada. O criminoso, com um discurso convincente, induz a vítima a fornecer dados pessoais e códigos enviados por SMS, que na verdade servem para redefinir a senha de acesso ao banco ou redes sociais da vítima.
Recomendações e alerta
Teles destacou que a ganância ainda é um fator que facilita a atuação dos criminosos. “Temos casos em que a pessoa tenta comprar um veículo de R$ 50 mil por R$ 25 mil. A diferença de preço já deveria ser suficiente para despertar a desconfiança. Muitas vezes, a vontade de levar vantagem cega a vítima”, disse.
Ele reforça a importância de realizar negócios apenas com os proprietários, evitar intermediários e nunca fazer pagamentos antecipados sem garantias formais. “É essencial consultar a tabela Fipe, fazer contrato de compra e venda e sempre verificar se os dados bancários do destinatário batem com o nome do negociador. Desconfie se o Pix for para outra pessoa”, alertou.
Possibilidade de ressarcimento
Apesar das dificuldades, Teles informou que algumas vítimas têm conseguido reaver os valores transferidos. Para isso, é essencial agir rápido: registrar boletim de ocorrência imediatamente, reunir capturas de tela da conversa com o golpista e informar à polícia a chave Pix e dados da conta de destino.
“Quanto mais rápido a vítima agir, mais chances há de identificar a conta e bloquear os valores antes que sejam transferidos para terceiros. Com isso, o banco pode tomar providências e, em alguns casos, ressarcir o valor perdido”, completou.
A Polícia Civil de Terra Roxa segue investigando os casos e pede que qualquer tentativa suspeita seja denunciada. A população pode procurar a delegacia a qualquer momento para registrar ocorrências ou esclarecer dúvidas sobre situações suspeitas.
